domingo, 26 de outubro de 2014

Como fazer um Chepala (Motor-3) (Parte I)

Meus caros,

Cheguei a centésima publicação neste espaço. Por amor à verdade, reconheço que poderia ter chegado a este limite há muito tempo; mas, sabem como é, a vida é extremamente corrida e infelizmente não me sobram muitas oportunidades para redigir algo minimamente interessante. Mas renovo o compromisso de manter, tanto quanto possível, este espaço atualizado, com ao menos algum assunto pra gente prosear.

Pensei em fazer algo interessante nesta centésima conversa - e a vida me deu um belo empurrão: comprei de um gentil colecionador várias revistas Motor-3 para completar a minha coleção, e neste lote recebi as revistas que tratam de como fazer o Chepala.

Um dos princípios deste espaço é o compartilhamento de informações e novidades. Não poderia deixar estas revistas reclusas em meu acervo, esquecidas em um armário, quando, em verdade, poderiam ser úteis a mais gente. Partindo dessa premissa - importante premissa - começo uma série de três publicações sobre o Chepala -criação do José Luiz Vieira, personagem sempre homenageada neste espaço, como todos os grandes jornalistas que trabalharam na Motor-3.

Para homenagear a incrível equipe, o Chevette - matéria constante deste blog - e vocês, amáveis leitores que acompanham este espaço, segue esta centésima postagem:


O Chevette é um dos carros menos valorizados em termos de direção. Mas isso é uma tremenda injustiça... Está certo, o seu motor 1,4, conquanto muito econômico, poderia ser mais rápido, nem que fosse para tirar maior partido de sua incrível estabilidade direcional, ou da maravilhosa tração traseira. Mas é um carro extremamente divertido, playground para nenhum automobilista botar defeito, e com um preço inicial muito razoável. Tanto quanto é guiado na maciota, quanto em tocada mais firme, o sedanzinho se comporta muito bem.

Mesmo assim, é da natureza humana não se conformar com o bom - é necessário chegar ao ótimo. Pensando nisso, José Luiz Vieira, que dispensa maiores apresentações, criou o Chepala, não sem deixar de repassar, num ato muito generoso, todas as dicas de como criar um interessante carrinho, de desempenho capaz de assustar muita gente grande.

Sem mais delongas, vamos ver o primeiro dos três capítulos dessa feliz história:

Esta é a capa da primeira edição que tratou do Chepala. O Escort JPS, criado pela Souza Ramos, era uma versão reestilizada do Escort de primeira geração, superalimentada por um turbo - que deixava as coisas muito interessantes.







A edição aqui retratada, como vocês já viram, é a de Fevereiro de 1985 (n. 56). Aguarde as próximas postagens, ainda teremos muito o que mostrar!